Imprensa

19/11/2020

Nove grupos de estudos do Centro de Pesquisa Boldrini englobam as áreas-chave mais avançadas em pesquisa científica em câncer pediátrico


Os nove grupos de estudos do Centro de Pesquisa Boldrini englobam as áreas-chave mais avançadas em pesquisa científica em câncer pediátrico:

Estudo do DNA Circulante Tumoral: representa avanços na avaliação sobre como o paciente está respondendo ao tratamento. É possível visualizar eventuais mutações de genes envolvidos com a resistência aos tratamentos específicos, o que permite redirecionar a terapia da melhor maneira.

Estudo sobre o genoma dos Tumores do Sistema Nervoso Central: representa um grande desafio para a ciência mundial, uma vez que os tumores cerebrais ainda contribuem com as taxas de mortalidade relacionada ao câncer em crianças. Ao integrar as mais recentes tecnologias genômicas e epigenéticas dos tumores do sistema nervoso ainda em desenvolvimento, os pesquisadores estão evoluindo, com eficiência, nas descobertas de oportunidades para novos tratamentos.

Imunoterapia: programa de pesquisa voltado especificamente para desenvolver tratamentos com células do sistema imune ou anticorpos, para diferentes cânceres pediátricos. Hoje, os tratamentos imunoterápicos já estão disponíveis para câncer de cabeça e pescoço, linfoma de Hodgkin, pulmão, bexiga e mama triplo negativo, que são tipos predominantes em pacientes adultos. É urgente transpor este benefício terapêutico para os cânceres da criança e do adolescente.

A técnica estimula o organismo do paciente a identificar as células cancerosas e atacá-las, por meio de drogas que modificam a resposta imunológica. Isso é, em vez de mirar o câncer, os remédios imunoterápicos estimulam nossas defesas, para que elas mesmas detectem e destruam as células malignas do câncer.

Estudos de Anticorpos monoclonais terapêuticos: lidera esforços integrados e multidisciplinares, para definir caminhos para a produção de anticorpos monoclonais capazes de combater tipos específicos de células malignas.

Investigação de Doença Residual Mínima (DRM) nos pacientes portadores de leucemia, que consiste na quantificação de células neoplásicas remanescentes após a terapia e que não são detectáveis por métodos tradicionais de exames, como citologia ou exames de imagem. A prática está sendo cada vez mais utilizada na assistência médica, para definir o aumento ou a redução da intensidade dos tratamentos.

Novas Drogas: Pesquisadores do CPB iniciaram este ano, um estudo que envolverá a análise de leucemias resistentes ao tratamento. O trabalho consiste na testagem de um painel de 147 medicamentos (já aprovados pelo FDA, a Agência Federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, responsável pela regulamentação de medicamentos no país e internacionalmente reconhecida), a fim de verificar sua eficácia no tratamento do câncer pediátrico.

O laboratório de Espectrometria de massa do Centro de Pesquisa Boldrini dedica-se à análise muito sensível e específica de identificação das estruturas moleculares dos medicamentos utilizados para o tratamento do câncer pediátrico. É possível verificar se as substâncias possuem impurezas, quantificaras doses encontradas e princípios ativos em questão, com o objetivo de assegurar a qualidade dos tratamentos.

Estudo Epidemiológico sobre o Meio Ambiente e Câncer da criança e do adolescente, integrando com vários centros internacionais, permitirá a médio/longo prazo se vislumbrar a possibilidade da identificação dos fatores associados ao câncer pediátrico e possível prevenção da doença.

Ciência, Tecnologia e Informação unem-se no Departamento de Informática do CPB. O poder do computador está transformando as ciências. A tecnologia física da pesquisa científica está nos novos microscópios eletrônicos, nos telescópios, nos coletores de partículas e agora são inseparáveis ​​do poder de computação. São os computadores que permitem aos cientistas encontrar ordem e padrões na infinidade de informações brutas que as pesquisas reúnem. Sintetizam os dados e detectam padrões, tendências, discrepâncias e, por fim, oferecem uma visão do todo.

O poder do computador não apenas auxilia a pesquisa, mas define a natureza dela: o que pode ser estudado e quais as novas perguntas que poderão ser feitas e respondidas.