Imprensa

04/02/2020

Boldrini encerra a 7ª edição do Programa de Educação em Oncohematologia Pediátrica (PEOp)


O Centro Infantil Boldrini encerrou no último dia 31 de janeiro, a 7ª edição do PEOp (Programa de Educação em Oncohematologia Pediátrica). Desde o início do mês, 29 estudantes das áreas da saúde e ciências biomédicas participaram do programa que dá a oportunidade para os alunos que queiram adquirir experiência em iniciação científica.


O PEOp disponibiliza aos estudantes experiência em Hematologia, Biologia Molecular, Imunoengenharia, Serviço de Imagem, Saúde Mental, Odontologia, Patologia, Enfermagem, Epidemiologia e Farmácia. “O objetivo primário do programa é encorajar os estudantes a perseguirem uma carreira de pesquisa em oncohematologia pediátrica, com base em laboratório ou cientista clínico”, ressalta a Dra. Silvia Brandalise, presidente do Centro Infantil Boldrini.


O estudante do 3º ano de Medicina da Unicamp Matheus Colsato Bevilacqua destaca que ao longo do mês os alunos se inseriram na rotina de todo o hospital, o que foi uma surpresa. “Foi fenomenal, aprendi uma quantidade absurda de conteúdo, entendi realmente o funcionamento do hospital, vi a preocupação com os cuidados paliativos. Os próprios conceitos desses cuidados são tão assimilados na dinâmica do hospital, que colocam o Boldrini em outra categoria. Na Hematologia aprendi muito que vai além do teórico, foram lições de vida, que tornou o estágio ainda mais enriquecedor. Sinto que foi um salto muito grande na vida acadêmica”, avalia.


A experiência nos laboratórios do hospital agregou muito mais do que valor acadêmico para os estudantes. É o que relata o formando em Biomedicina pela UniBH (universidade de Belo Horizonte), Rafael Teixeira de Lana. “Vim para o Boldrini para saber mais sobre Hematologia Oncótica. Fiquei maravilhado com o que vi, não só pelo laboratório de Hematologia, que foi onde mais fiquei, mas pelo hospital como um todo. Nesse um mês presenciei coisas que dificilmente acompanharia, pois me abriu um leque. Me encantou passar pelo Centro de Pesquisa. No Brasil essa questão da pesquisa ainda é muito limitada e a Dra. Sílvia incentiva diretamente esse ramo. O carinho com que fomos acolhidos e a forma bonita que todos no hospital trabalham me fez sentir em casa e olhar o estágio com outros olhos. Quando cheguei, achei que seria algo pesado por se tratar do câncer infantil, mas tudo no Boldrini tem beleza, remete à arte, ao lúdico, cada detalhe chama a atenção. Valeu muito à pena, não só academicamente”, conta o aluno que, em nome da turma, fez uma poesia à Dra. Silvia Brandalise, presidente do Boldrini, agradecendo pelo aprendizado e que já se comprometeu a ajudar o hospital em futuras parcerias de pesquisa.


O estudante do 4º ano de Medicina da Faculdade Albert Einstein, Brenno Ferreira Bento Maciel, foi um dos alunos selecionados e reconheceu no PEOp uma chance de vivenciar na prática muito do que ele conhecia apenas na teoria. “Escolhi fazer o estágio nas férias por tudo o que o nome do Boldrini significa, por ser essa referência. Não conhecia o hospital e me encantei com o que vi e com a acolhida. Pretendo ser neurocirurgião e o laboratório de patologia trabalha em conjunto com essa especialidade. Acompanhei cirurgias e trabalho no laboratório e isso me deixou muito encantando. A interdisciplinaridade que vivi foi muito legal. Uma das coisas que mais me marcou foi que pude acompanhar uma biopsia por congelamento, que acontece na hora da cirurgia, no caso, uma neurocirurgia. Outro lado positivo é que aqui no Boldrini, todo mundo se refere ao paciente pelo nome, inclusive quando está analisando a lâmina no laboratório. Isso é muito legal, personifica o paciente, ele não é mais um. Esse mês superou as minhas expectativas”, definiu.

 

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