Imprensa

02/03/2020

Criado primeiro Fundo Patrimonial privado para fomento à pesquisa de combate ao câncer infantojuvenil

Um momento histórico. Assim foi definida a tarde da última quinta-feira, 27 de fevereiro, marcada pela assinatura do Protocolo de Intenções para captação de recursos direcionados ao Fundo Patrimonial que será gerido pela Fundação BB e direcionados para as pesquisas do Centro Infantil Boldrini (CPB). A assinatura do documento foi realizada pela presidente do Centro Infantil Boldrini, Dra. Silvia Brandalise, e pelo presidente da Fundação Banco do Brasil, Asclepius Ramatiz Lopes Soares, no CPB, em Campinas.

O Centro Infantil Boldrini elegeu o Fundo Patrimonial como modelo de gestão de recursos. Desta forma, realizará a captação de recursos, oriundos de doações de pessoas físicas ou jurídicas, e contará com gestão profissional desse patrimônio, para que os recursos sejam investidos da melhor maneira e somente seus rendimentos sejam utilizados na causa.

A Fundação Banco do Brasil, a partir da parceria firmada, será a instituição responsável pela gestão do patrimônio, por meio de Comitê de Investimentos próprio, composto por membros de expertise em Economia e Planejamento estratégico-financeiro, para posterior utilização dos rendimentos nas causas e projetos do Centro de Pesquisa Boldrini

A Presidente do Boldrini, Dra. Silvia Brandalise, explica que a prática de se ter uma Organização Gestora Independente para administrar Fundos Patrimoniais é comum em países da Europa e nos Estados Unidos. “Esse tipo de gestão nos dá ainda mais credibilidade na hora de buscarmos as contribuições para o Fundo, sejam elas com pessoas físicas, jurídicas ou até mesmo órgãos públicos. Essa captação pode ser feita com contribuições tanto nacionais quanto internacionais.Hoje, estamos semeando em terra fértil uma semente invisível, que carrega forças imensuráveis como esperança, solidariedade e fé num futuro melhor para o nosso país e para o mundo. As descobertas feitas no CPB trarão benefícios para as crianças do Brasil e do exterior”, conta.

Princípios

O presidente da Fundação Banco do Brasil, Asclepius Soares, destacou a importância da assinatura do documento. “Hoje estamos vivendo um momento histórico. Nós não estamos tratando de negócios. É uma parceria de princípios. É isso que gera uma parceria de longo prazo.Não é um fundo patrimonial qualquer, é de propósito específico. Os recursos serão destinados exclusivamente ao combate do câncer infantil. Temos trabalhado há algum tempo na estruturação desse Fundo e todos nós na Fundação estamos envolvidos nessa temática. Estabelecemos a conta número 1502-4 em alusão ao Dia Internacional do Combate ao Câncer Infantil – 15 de fevereiro, que também é uma forma de mostrarmos a nossa preocupação com a causa.”

Para o presidente da Fundação, a parceria é um reconhecimento da credibilidade da FBB na gestão de seu fundo patrimonial, expertise adquirida ao longo de 34 anos de existência, que possibilita o recebimento de doações com finalidade específica para ações dessa natureza. “Este é um movimento que tende a crescer muito no país: a gestão dos fundos patrimoniais. O Centro Boldrini está confiando à FBB e nos enche de orgulho, porque os rendimentos do fundo que serão direcionados para a pesquisa contra o câncer infantojuvenil, é algo inovador, além de ser uma tendência no terceiro setor”, avalia Asclepius.

O Fundo, com valor global estimado em R$ 420 milhões em sua maturidade, funcionará espelhando-se nas normas regulamentadoras previstas na Lei 13.800/2019. “A captação começa logo após a assinatura. A ideia é chegarmos nos próximos meses em R$ 20 milhões e em R$300 milhões em três anos”, estima Dra. Silvia.

Aplicação

Os recursos das aplicações no Fundo serão investidos em quatro eixos: Fomento à Pesquisa (contratação de profissionais, Programa Jovem Pesquisador e Programa Intramural de Auxílio a Projetos Piloto), Fomento à Inovação Tecnológica (aplicação dos conhecimentos tecnológicos), Fomento aos Jovens Pesquisadores (bolsas de estudos em Pós-doutorado e pós-graduação em Medicina Molecular) e Manutenção da Infraestrutura do CPB.

Dra. Silva ressalta que a maioria das pesquisas hoje feitas no mundo é em relação ao câncer adulto. “O câncer é um problema de todos nós. Recentes estatísticas europeias mostram que a taxa de incidência do câncer pediátrico é ascendente. Então temos muito com que nos preocupar e muito o que fazer. O câncer pediátrico representa 3% de todos os cânceres e acaba tendo pouca visibilidade, por isso, esse Fundo é tão importante e ter sua gestão por instituição independente e especializada, é essencial”, avalia.

Doações
Para contribuir com as pesquisas, as doações podem ser realizadas por meio:
Banco do Brasil (001)
Agência 1607-1
Conta 1502-4
CNPJ: 01.641.000/0001-33
Doações realizadas por Pessoas jurídicas com regime de tributação no lucro real podem deduzir até o máximo de 2% do lucro operacional, conforme incentivo fiscal previsto na Lei 9.429/95.

História



A construção do Centro de Pesquisa Boldrini teve início em 2014 e foi inaugurado em 2018. Contou com investimento de R$ 50 mi, oriundos de recursos do Ministério Público do Trabalho, provenientes da indenização caso Shell-Basf[1], com apoio das empresas Tramontina, Vida Cap e Instituto Ronald McDonald.
O CPB conta com cerca de 5 mil metros quadrados de área construída, que abrigam laboratórios com tecnologia de ponta, para aumentar a produção e disseminação de conhecimentos nas áreas de epidemiologia, biologia molecular e celular do câncer pediátrico, além de desenvolver novas técnicas para aprimoramento de diagnóstico dos tumores.

[1]Sobre o Caso Shell- Basf
Os recursos doados pelo Ministério Público do Trabalho para a construção do Centro de Pesquisa Boldrini são oriundos de duas parcelas de indenização por danos morais coletivos do caso conhecido como Shell-Basf, numa atuação conjunta histórica entre o TRT-15 e o MPT (Ministério Público do Trabalho) da 15ª Região.



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