Imprensa

21/10/2020

Ex-aluna de Programa do Boldrini se une a amigos para presentear pacientes do hospital

 

As cerca de 80 crianças internadas no Centro Infantil Boldrini, referência em cuidados com crianças e adolescentes com câncer e doenças do sangue, receberam um grande presente: kits com um cachorrinho artesanal e de aparatos médicos para tratar dos bichinhos. A ideia veio da ex-participante do PEOp (Programa de Educação em Oncologia Pediátrica) do Boldrini, a estudante de medicina Guilia Frederico. A proposta é, além de divertir as crianças, mostrar de maneira lúdica, a partir do momento em que se tornam “doutoras dos cachorrinhos”, que elas não precisam ter medo ou receio dos médicos e dos tratamentos que vão enfrentar.

“No ano passado, entrei na Liga de Pediatria da Puc Campinas e fiquei responsável por desenvolver projetos sociais. No começo deste ano comecei o PEOp no Boldrini e decidi fazer algo no hospital. Me inspirei do Projeto Teddy Bear, feita pela IFMSA Brazil, mas com ursos de pelúcia. Em nosso projeto inicial, os estudantes iriam ao hospital, mostrar para a criança como usar os instrumentos e ajudar a preencher a ficha clínica dos bichinhos. Falei com os outros membros da diretoria da Liga e eles adoraram. Mas, com a pandemia, tivemos que nos adaptar”, conta a aluna.

Antes de chegar na fase da entrega, Giulia conta que passou por várias etapas e que a participação da família e de pessoas que doaram os materiais foi essencial. “Antes da pandemia, falei com a minha mãe e a minha avó. Passados uns dias, minha avó sugeriu cachorrinhos de meia, que tinha visto na Internet e se propôs a fazê-los. Fui atrás, então, das doações de meia e consegui 326 pares de meias novas. Comecei a buscar, então, os kits médicos. Veio a pandemia, ouvi várias recusas, até que consegui com uma empresa da minha cidade, Morungaba, a doação em dinheiro para a compra dos kits. Minha mãe é dentista e conseguiu com uma paciente a doação das embalagens. Foram muitas mãos ajudando”, lembra.

Chegada a hora de entregar os kits para os pacientes, Giulia se deparou com outro desafio: uma vez que os alunos não poderiam ir ao hospital explicar e acompanhar as brincadeiras para os pacientes, como fariam? “Foi, então, que pedi para os alunos que integram e seguem a Liga de Pediatria para escreverem cartinhas para as crianças, explicando a brincadeira e dando incentivo às crianças. Recebemos 46 cartinhas lindas e motivadoras, que junto com “a ficha clínica do paciente cachorrinho” entregaram o presente.”

A distribuição foi feita por colaboradores do hospital e agora essas crianças são “médicas” responsáveis pelo tratamento de seus cachorrinhos de meia. “É uma alegria saber que as crianças ficaram felizes. Acompanhei o dia a dia do hospital durante o PEOp e vi que muitas vezes elas estão com medo. Poder dar esse momento a elas não tem preço. Espero que, além da felicidade, elas se reconheçam no cachorrinho que precisa de cuidados e vão ficar bem. E que essa iniciativa inspire outras pessoas a se envolverem em causas sociais, mesmo que à distância por conta da pandemia”, finaliza Giulia.


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